Por Rian Santos
Alguns poucos artistas possuem a virtude de nos deixar desconfortáveis, inseguros quanto ao julgamento que formulamos quando nos deparamos com o seu trabalho. Para esses rebeldes não existe certeza palpável, nem caminho seguro para alcançar a satisfação de uma vontade intangível, buraco invisível no coração do compositor, que só pode ser preenchido no momento mesmo da realização artística. Eu posso estar enganado, mas me parece que é a essa variedade de artista que devemos nos referir ao tentar definir o trabalho de Igor Mangueira.
Trabalho é modo de dizer. É tudo tão independente e amador (no melhor sentido da palavra) que fica difícil entendê-lo como o decantado cantor e compositor dos releases enviados à imprensa. Seja como for, ele acaba de colocar um novo exemplo disso à disposição dos interessados: 2010 Uma odisséia no My Space.
(Jornal do Dia - edição de 13 de abril de 2010)
"Muito massa o seu trabalho, Igor Mangueira. Sergipe e seus canos silenciosos de artistas viscerais que trafegam como fantasmas marginais". (Edizero)